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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

22.9, por MÁLIA MORGADO (Poema)




Os brotos rompem,

Estouram como milho no fogo,

Não se contém a Natureza

Por um só instante.

O que se fez dormente,

Explode em bombas de matizes e sons

E sibilos e pios e agudos imponentes.

É preciso antes cair e depois gestar

Até que se rasguem invólucros

Com a ânsia agonizante de nascer,

E ascender ao Azul Profundo,

Hipnótico como o miolo da chama,

Estrelas terrenas selvagens,

Refletem no painel celeste

Brilho saído da Carne,

Suor e pelos

Gosma crua.

Luzidios

Como lava.


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